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15/09/2011 - 07h15

Site aproxima refugiados e empresários

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Um site lançado recentemente deve aproximar empresários e refugiados estrangeiros que vivem no Brasil. A página irá disponibilizar, para empresas, currículos de trabalhadores nessa situação.

O idealizador do projeto é João Marques Fonseca, diretor de uma consultoria jurídica de imigração e suporte na acomodação e adaptação de expatriados.

Fonseca diz que, para o empresário, os refugiados têm algumas vantagens competitivas: eles são bilíngues, fiéis ao emprego e o fato de terem sido perseguidos nos seus países de origem significa que "têm opinião, têm cultura e, portanto, são uma mão de obra boa".

O maior desafio de Fonseca é convencer os empregadores de que os refugiados não são bandidos. "Os [setores de] RH pensam que trata-se de foragidos, dão um passo para trás. Mas a ONU os reconhece como refugiados, eles têm carteira de trabalho", diz Fonseca.

MESMOS DIREITOS
Renato Zerbini, 40, é o coordenador geral do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados). Ele explica que refugiados são os que deixaram o seu país de origem por um medo de perseguição causado por cinco motivos: raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política.

"Cesare Battisti não é um refugiado nem um exilado político", ele exemplifica.

Esses trabalhadores têm os mesmos direitos e as mesmas obrigações que um estrangeiro em situação regular no país. "A nossa lei permite também ao solicitante de refúgio trabalhar enquanto o caso dele não é decidido", diz Zerbini.

OPORTUNIDADE
José Acácio Nogueira, 41, é dono de uma gráfica em Indaiatuba (SP). Ele não tem nenhum funcionário nessa situação, mas apoia a ideia e se diz disposto a contratar um refugiado quando tiver uma vaga aberta.

"Vejo como uma oportunidade que daria para uma pessoa entrar no mercado de trabalho", diz.

 

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