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24/10/2011 - 07h15

Amazônia congrega técnicas inovadoras

FELIPE GUTIERREZ
ENVIADO ESPECIAL A PALMAS (TO)

Uma rodada de negociações entre 91 pequenas e médias empresas com 20 potenciais clientes do país inteiro foi um dos destaques do 7º Amazontech, programa de incentivo à inovação nos Estados da Amazônia Legal.

O evento, que ocorreu de 18 a 22 de outubro em Palmas (TO), atraiu pequenos empresários de nove Estados (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) que, segundo o coordenador-geral, Gilberto Noleto, atuam com inovação e propostas de sustentabilidade.

A expectativa de Paulo Massuia, 47, diretor-superintendente do Sebrae-TO (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), era a de que os contratos somassem R$ 5 milhões.

Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional, avalia que a Amazônia Legal "tem características próprias". "É fundamental que haja esforço para socializar experiências."

INOVAÇÃO

Uma delas é a da Modular, empresa de Porto Nacional (a 69 km de Palmas), que desenvolveu um concreto que reduz a temperatura ambiente da construção em até 4ºC, segundo o coordenador de pesquisa da empresa Harry Hamming, 31. O produto, diz, tem apelo em regiões quentes.

Rondinelli Ribeiro/Divulgação
Leopoldo Curado, da Modular, desenvolveu concreto com isopor que deixa casa até 4ºC mais fresca
Leopoldo Curado, da Modular, desenvolveu concreto com isopor que deixa casa até 4ºC mais fresca

Para chegar a esse resultado, elementos tradicionais de construção, como brita e seixo, são trocados por farelo de isopor na composição de paredes pré-fabricadas.

Leopoldo Curado, 57, dono da empresa, salienta as qualidades "verdes" da técnica. "Tiramos um produto que iria para o lixo e o transformamos em matéria-prima", explica.

Outras empresas representadas no evento buscam desenvolver produtos do filão ambientalmente correto, como a J. Demito, que vende calcário dolomítico -químico que corrige a acidez da terra.

Por anos, os produtores rurais abandonaram solos esgotados e desmataram áreas com alto potencial produtivo.

"O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] está 'em cima', não é possível abrir mais novas áreas", afirma Eric Curado, 31, gerente de marketing. Por isso, diz, a procura pelo produto deles deve aumentar.

 

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