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28/08/2011 - 07h45

Região central tem 14% dos novos apartamentos da cidade em 2011

CARLOS ARTHUR FRANÇA
DE SÃO PAULO

O mercado imobiliário redescobriu o centro da cidade. Os lançamentos, que eram tímidos e apareciam em áreas contínuas à valorização da zona oeste, agora começam a despontar em distritos como Cambuci e República.

Desde o início do ano, 2.340 unidades novas foram colocadas à venda na região central --ou 14,1% do que foi lançado na capital em 2011.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Nos limites entre Bela Vista e República, lançamentos residenciais crescem entre usados
Nos limites entre Bela Vista e República, lançamentos residenciais crescem entre usados

Em 2009, a região representava 5,5% do total, segundo dados da empresa de pesquisas Geoimovel.

E o ritmo não vai diminuir tão cedo. Neste ano, ainda está previsto o lançamento de outras 2.656 unidades em 8 dos 10 distritos do centro, de acordo com pesquisa feita para a Folha pela imobiliária Abyara Brasil Brokers.

O interesse acompanha a subida dos preços. No Cambuci, distrito com cinco lançamentos neste ano, o valor médio do metro quadrado atingiu R$ 6.146 --um aumento de 144% em relação ao de 2009 (R$ 2.519). A valorização média da cidade nesse período é de 63%.

A maior razão da alta no centro, dizem executivos do setor, é a existência de uma demanda reprimida por imóveis novos na região.
"Os [imóveis] mais velhos não possuem vagas de garagem e outros serviços", diz Marcos França, diretor da construtora Requadra.

A percepção negativa dos paulistanos sobre o centro, fruto da falta de investimentos públicos, está mudando e contribui para a elevação da procura, diz Thiago Kallas, diretor da construtora Kallas, que lançou na Liberdade.

A infraestrutura já existente no centro, especialmente a de transporte público, que facilita deslocamentos, torna a demanda ainda maior.

"Qualquer um que mora distante demora duas horas na locomoção para o trabalho", aponta Bruno Vivanco, diretor da Abyara.

NOVA ACLIMAÇÃO

Na busca por terrenos disponíveis para construção, distritos que não faziam parte da lista de investimentos entraram na roda.

Até o fim do ano, o Cambuci deve somar 1.032 unidades à venda, a República, 893, e o Pari, 718 novas. Os lançamentos no Cambuci crescem às bordas da Aclimação (zona sul) e chegam a se intitular "Nova Aclimação".

A maioria das unidades são de padrão médio a alto, com três dormitórios.

A República é a mais valorizada dessas regiões, com o metro quadrado a R$ 6.980, afetada pela proximidade da Bela Vista, onde novos têm valor médio de R$ 7.098 o m².

Boa parte dos lançamentos mira o público jovem, que trabalha e se diverte no centro, diz Rogério Atala, diretor da construtora W Zarzur.

 

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