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08/08/2011 - 07h42

Terceirização move setor de limpeza

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

As prestadoras de serviço têm sido as grandes impulsionadoras da limpeza ambiental -atividade realizada em áreas fechadas como shoppings, escritórios e escolas.

O movimento do setor refletiu-se na 21ª Higiexpo - Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental, que terminou na sexta (5) em São Paulo. Das 14,5 mil companhias do segmento, 11 mil são prestadoras de serviços. Desse total, 7.500 contam com até 20 funcionários.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Os empresários do setor de limpeza Paulo Goncalves e Pedro Salla, na Higiexpo, em São Paulo
Os empresários do setor de limpeza Paulo Goncalves e Pedro Salla, na Higiexpo, em São Paulo

A terceirização do serviço de limpeza, segundo especialistas, é o que move o setor, que faturou R$ 15,2 bilhões no ano passado.

Há facilidade na abertura de empresas nessa área, afirma Pedro Luiz Paulucci, sócio da Top Marketing Comercial. O investimento inicial é baixo e é possível abrir o empreendimento com endereço residencial, explica.

"Mas isso também cria problemas", diz Paulucci. Principalmente no primeiro ano de funcionamento.

"Em novembro, começa a temporada de quebradeira de limpadoras", afirma. Esse é o período, completa, em que os empresários têm de pagar o décimo terceiro salário.

Paulo Gonçalves Peres, 40, sócio da inService, já acumulava experiência no mercado de limpeza quando abriu a empresa, há nove anos. "Demorou dois anos para o negócio 'virar' [dar retorno]."

No início, foram investidos cerca de R$ 60 mil. Hoje, a empresa tem 1.500 funcionários e faturamento anual de R$ 45 milhões.

ENTRAVES
Com o aquecimento do mercado, outro problema surgiu para as empresas da área: escassez de mão de obra.

"É um desafio reter um profissional nesse setor", assinala o presidente da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), Luciano Galea. Segundo ele, limpeza e construção civil têm disputado os mesmos profissionais.

Para manter os 1.500 funcionários em seu quadro, Pedro Salla, 53, sócio da Maxiservice, investe em plano de carreira. "Quando encontram possibilidades de crescimento profissional, eles ficam."

Hoje, a rotatividade da empresa está em torno de 4%, comemora ele. No mercado de limpeza ambiental, o "turnover" chega a 40%.

CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
Fatores impulsionadores

  • Expansão do setor de serviços e da terceirização
  • Baixo investimento inicial
  • Processo pouco burocrático para a abertura do empreendimento -dura, em média, dois meses
  • O fato de a limpeza ser um serviço cuja demanda é contínua
  • Publicidade boca a boca é, geralmente, eficaz
  • A abertura do negócio pode ser feita com apenas um funcionário

Barreiras

  • Falta de planejamento e de reservas iniciais
  • Pouco conhecimento da área, que culmina no uso de produtos sem qualidade
  • Mão de obra escassa e pouco qualificada
  • Falta de legislação específica sobre terceirização
  • Produtos e equipamentos que podem facilitar a limpeza ainda são pouco acessíveis a pequenas empresas

Fontes: entrevistados

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